Oito (8) Objectivos do Desenvolvimento do Milénio 8 OBJECTIVOS, 8 MANEIRAS de melhorar a sua vida e a Guiné-Bissau
1. KABA ku koitdesa ku fomi
2. PA i ten skola pa tudu guinti
3. DJUDA pa i ten igualdadi di omi ku mindjer, pa disa mindjer pensa ku pa i fasi
4. RAPATI mortundadi na mininus
5. MINJORIA saudi di mames
6. PA luta kontra SIDA, PALUDISMU ku utrus duensas
7. PA garanti ku pa manti no ambienti
8. BUSKA ku disinvolvi parseria pa disinvolvimentu
Objectivo 1: ERRADICAR A POBREZA
MINDJOR ARMA KONTRA KOITADESA I STUDU KU TARBAJU
- Duas em cada três pessoas vivem com menos de dois dólares por dia
- As mulheres com menos de 31 anos de idade são menos pobres que os homens, porque desenvolvem actividades geradoras de rendimento, como o pequeno comercio e a agricultura
- Mas até aos 31 anos e para alem dos 65, as mulheres teriam uma incidência de pobreza mais forte que a dos homens
- a pobreza atinge mais as pessoas a partir dos 45 anos, e sobretudo a pessoas de mais de 66 anos com pesadas responsabilidades familiares
- as pessoas com idades compreendidas entre os 31 e os 445 anos têm a mais fraca prevalência de pobreza
- as perspetivas de redução da pobreza revelam-se fracas na medida em que com a actual taxa de crescimento da economia do país, de 2% do PIB real por habitante, precisamos de 40 anos para conseguir diminuir para metade as taxas de pobreza extrema e absoluta, muito alem do horizonte 2015 como preconizado
- as perspetivas de redução da pobreza revelam-se fracas na medida em que com a actual taxa de crescimento da economia do país, de 2% do PIB real por habitante, precisamos de 40 anos para conseguir diminuir para metade as taxas de pobreza extrema e absoluta, muito alem do horizonte 2015 como preconizado
- O baixo nível de educação e ode formação profissional estão entre as principais causas para a pobreza na Guiné-Bissau
O que devemos fazer?
- apostar na educação e na formação profissional para facilitar o acesso ao mercado de trabalho
- estimular e apoiar a livre iniciativa para que os Guineenses possam criar o seu próprio emprego e encontrar soluções para melhorar a sua própria vida
- apoiar e contribuir para a criação de um clima de paz e estabilidade no país de forma a que a Guiné-Bissau possa atrair o investimento estrangeiro e assim criarem-se novas industrias e mais emprego.
Objectivo 2: ALCANÇAR O ENSINO PRIMÁRIO E UNIVERSAL
KIN KU KA TA BAI SKOLA, I KA TA BAI PA DIANTI!
- Quase 6% das nossas crianças em idade escolar continuam sem poder frequentar a escola
- A taxa de abandono escolar das raparigas é mais elevada que a dos rapazes, 66% das raparigas abandonam a escola antes de completarem as 6 classes do ensino básico obrigatório
- 62% da população com mais de 15 anos é analfabeta (46% dos homens e 76% das mulheres)
- O currículo e o tempo destinado a aprendizagem (menos de 8 meses de aulas e menos de 4 horas por dia) influenciam negativamente a qualidade do ensino, aumentando a repetição e o abandono escolar. Apenas uma quarta parte das escolas nas regiões oferecem o ensino básico completo
- sector marcado pelo atraso no pagamento dos salários e pelas greves dos professores, dos quais a maioria não tem formação pedagógica de base. Cerca de 60% dos professores não tem preparação para lecionar.
O que devemos fazer?
- investir no ensino básico unificado e aumentar o orçamento de Estado destinado a educação
- construir infraestruturas escolares, tais como salas de aulas, latrinas fontes de água, bibliotecas escolares
- investir na formação inicial e continua dos professores, bem como na remuneração do corpo docente
- rever o currículo escolar com vista a melhorar a qualidade da aprendizagem e a reforçar a credibilidade das escolas perante as comunidades
- enviar todas as crianças em idade escolar, sejam rapazes ou meninas, para a escola
Objectivo 3: PROMOVER A IGUALDADE ENTRE OS SEXOS E A AUTONOMIZAÇÃO DAS MULHERES
HOMIS KU MINDJERIS E DIFERENTI SO NA MACUNDADI KU MINDJERNDADI
- A Constituição da Republica da Guiné-Bissau que é a mais importante lei do país, diz que todos os cidadãos são iguais perante a lei e que os cidadãos de ambos os sexos gozam de direitos iguais na vida política, econômica social e cultural. Isto demonstra um compromisso legal para proteger os direitos humanos das mulheres, mas não existe um mecanismo para verificar se a lei é aplicada. Por outras palavras, os direitos das mulheres Bissau-Guineense estão protegidos pela lei mas muito pouco tem sido feito para garantir que a lei se traduza numa realidade no terreno.
- A condição da mulher guineense varia de acordo com a etnia a que pertence a respectiva cultura e religião.
- Embora tenha tendência a diminuir, ainda existem grupos étnicos e comunidades onde se violam alguns dos direitos das mulheres como: obrigá-la a sair da escola, obrigá-la a casar muito jovem, obrigar as raparigas a praticarem rituais que prejudicam a sua saúde e bem estar.
- A Guiné-Bissau ratificou a Convenção para a Eliminação de todas as formas de discriminação da Mulher (CEDAW) mas não assinou o protocolo, um acordo que obriga o Estado a criar mecanismos para que os cidadãos apresentem queixas, em caso de violação dos direitos das mulheres.
- O numero das mulheres que ocupam cargos de decisão.
O que devemos fazer?
- exigir ao Estado que tome as medidas para defender os direitos das mulheres, como ratificar o protocolo do CEDAO
- Acabar com as praticas e rituais que prejudicam a saúde das mulheres
- associar-se a outras mulheres para lutar pela igualdade à educação e a participação na vida da comunidade apoiar a educação e a formação profissional das mulheres
Objectivo 4: REDUZIR A MORTALIDADE INFANTIL
MININUS PIRSIDJA DI ATENSON PA E PUDI KIRSI DIRITU
- Mensalmente perdemos cerca de 1.200 crianças, que morrem sem poder completar 5 anos de idade (em 2002 a taxa de mortalidade infantil de menores de 5 anos era de 211 por mil nascidos).
- O paludismo, as infecções respiratórias agudas e a diarreia estão entre as principais causas de morbilidade e de mortalidade das crianças menores de cinco anos de idade na Guiné-Bissau.
- Mais de metade de todas as mortes de crianças estão associadas à malnutrição, que enfraquece a resistência do corpo a doenças. Uma alimentação deficiente, doenças frequentes cuidados inadequados ou pouco atentos a crianças pequenas podem resultar em malnutrição.
- As crianças que não foram vacinadas têm maiores probabilidades de contrair doenças, de se tornarem permanentemente deficientes, de ficarem malnutrida e de morrer
O que devemos fazer?
- vacinar todas as crianças. A vacinação é urgente. As crianças precisam de uma serie de vacinas durante o primeiro ano de vida. A vacinação protege de diversas doenças graves.
- adoptar medidas como o uso de mosquiteiros impregnados e uma melhor higiene
- melhorar a qualidade da alimentação e praticar o aleitamento materno
- reforçar as capacidades dos profissionais de saúde e da população na luta contra as principais doenças que afectam as crianças
- aumentar a disponibilidade de medicamentos essenciais
- cuidar e proteger as crianças nas comunidades
Objectivo 5: MELHORAR A SAÚDE MATERNA
PREÑA I KA UN DUENSA, SI BU PREÑA BA TA BAI KONSULTA PA BU PUDI PADI SIN PURBLEMA
- Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) morrem cerca de 800 mães para cada 100 mil bebes que nascem vivos.
- A mortalidade materna diminuiu no total ao ritmo de apenas 1,1% entre 1990 e 2000 enquanto que seria necessária uma redução media de 8,5% por ano para reduzir a mortalidade materna de três quartos entre 1990 e 2015. A lentidão com a qual a mortalidade materna diminuiu entre 1990 e 2000 não é um bom sinal porque a esse ritmo, precisaríamos de cerca de 120 anos para que ela seja reduzida em três quartos.
- As mães da Guiné-Bissau recorrem em primeiro lugar a medicina tradicional, aos curandeiros e só em ultimo caso se dirigem aos serviços de saúde.
O que devemos fazer?
- O Estado deve facilitar o acesso das mulheres aos serviços de saúde e melhorar a qualidade dos mesmos serviços de saúde, nomeadamente a consulta pré natal e os serviços de cirurgia em todas as regiões do país, assim como os serviços de emergência medica, tais como as ambulâncias, etc.
- se é sexualmente activa a mulher deve pensar bem se deseja engravidar e se não for esse o caso, deve procurar o medico para se informar sobre o possível uso de anticoncepcionais
- uma vez gravida, a mulher deve ter cuidados especiais com o seu corpo para contribuir para que o seu filho seja saudável
Objectivo 6: COMBATER A SIDA, MALARIA E OUTRAS DOENÇAS
TADJA DUENSAS I GARANTI NO BIDAS
- O vírus da SIDA na Guiné-Bissau continua a ser um problema de saúde preocupante. Embora a infecção por uma variante do vírus (VIH1) tenha diminuído ela tende a aumentar para a segunda variante (VIH2).
- Ainda existem dificuldades em diagnosticar os casos de SIDA em algumas regiões do país. Um grande numero de pessoas internadas com tuberculose estão infectadas com o vírus da SIDA. Muitos dos doentes que vivem com SIDA têm dificuldades em aceder ao tratamento e são discriminados pela comunidade.
- paludismo foi em 2001 responsável por cerca de metade das consultas em todas as regiões e para todas as faixas etárias, mas com mais incidência sobre as crianças que sobre os adultos. E é uma das principais causas de morte (cerca de 20 a 25 por centro).
- O paludismo atinge 10 vezes mais pessoas que as infecções respiratórias. A prevalência das infecções respiratórias em 2000 foi de 12 pessoas por 1000 na população com idade compreendida entre os 15 e os 44 anos. Ela passou para 27 pessoas por mil em 2001.
- O acesso a água potável e ao saneamento constitui um dos maiores problemas na Guiné-Bissau em matéria de saúde pública. Em 2005, a cobertura em água potável para as regiões do país foi estimada em 44,9%.
O que devemos fazer?
- manter uma vida saudável ter cuidados de higiene regulares com o corpo e com a casa, evitando acumulações de lixo e de águas
- ter uma alimentação variada e rica em frutas, legumes. Não é necessário comer muito, mas variado.
- usar rede mosquiteira, de preferência impregnada
- usar o preservativo para nos protegermos da SIDA durante as relações sexuais
- consultar o medico regularmente e seguir os seus conselhos
Objectivo 7: GARANTIR A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
NO KUIDA DI NO MATU I NO MANTI NO KASAS KU RUAS LIMPU
- o meio ambiente é tudo aquilo que nos rodeia e que garante a nossa sobrevivência. O sol, a chuva, a terra que cultivamos, as plantas, as casas que construímos. Se não houver equilíbrio entre todos os elementos e também o nosso comportamento, aparecem, as doenças, catástrofes naturais e o futuro fica em risco.
- A ausência de tratamento de lixo, o abate da floresta, o cultivo das terras, as queimadas, o monocultivo intensivo do caju e as mudanças climáticas são os maiores problemas que a Guiné-Bissau enfrenta em termos de ambiente.
- A Guiné-Bissau tem um Plano Nacional de Adaptação as Mudanças Climáticas Este plano serve para identificar as zonas do país de maior risco, como a zona costeira, e tomar medidas de prevenção.
- A Guiné-Bissau tem uma lei florestal que permite a queimada precoce mas proíbe a queimada itinerante.
- Nos últimos 20 anos a Guiné-Bissau já perdeu cerca de metade da sua superfície florestal. Todos os anos desaparecem cerca de 80 mil hectares de floresta. A agricultura itinerante e o abate de floresta para a construção de casas e moveis são as principais causas
- Existem 2 Parques naturais nacionais (Cacheu e Orango) já classificados. 3 outras áreas (Cantanhez, Dulombi e Cufada) estão propostos a ser classificadas como reservas nacionais.
O que devemos fazer?
- o Governo deve criar mecanismos de fiscalização e aplicação das leis que protegem a floresta. Colocando no terreno guardas florestais e aplicando as multas previstas na lei
- todos devemos ser vigilantes e protetores da floresta
- o Governo deve por em pratica um sistema colectivo de recolha e tratamento de lixo em todas as povoações e deve melhorar a rede de saneamento
- todos devemos ter cuidado com o ambiente, não deitar lixo para a rua ou para o campo e ajudar a comunidade na recolha de lixo
Objectivo 8: ENCONTRAR PARCERIAS PARA O DESENVOLVIMENTO
DJUNTU NO NA BA ODJA MAS I MINDJOR
- A Guiné-Bissau tem ao longo dos últimos anos dependido muito da ajuda internacional. Em 2001, por exemplo, a ajuda recebida representava cerca de um terço da parte do PIB do país, São muitos os parceiros internacionais da Guiné-Bissau e que listamos em baixo:
- As organizações não governamentais (ONG) internacionais Action Aid, Adventist Development Relief Agency), Africa Muslims Agency, Association por la Paz y Desarrolo, Comunitá di Sant Egidio, COOPI (Cooperazione Internacionale), EMI (Entraide Medical Internationale), ENGIM (Ente Nazionale Giuseppini del Murialdo), Entreprise Works, Handicap International, Humana People to People, INDE (Intercooperação e Desenvolvimento), LVIA (Associação Internacional de Leigos), Plan Guiné-Bissau, SNV (Organização Holandesa de Desenvolvimento), Swissaid (Organização Suíça de Cooperação para o Desenvolvimento), Union Mondiale Pour la Nature.
- os Governos dos países com embaixadas na Guiné-Bissau: Brasil, Cuba, França, Gambia, Republica da Guiné, Líbia, Nigéria, Republica Popular da China, Portugal, Rússia e Senegal
- os parceiros regionais e outros: CEDEAO, CPLP, UEMOA, União Europeia, Cruz Vermelha Internacional, Banco Africano de Desenvolvimento e SISTEMA DAS NAÇOES UNIDAS (UNDP, FAO, OIM, UNFPA, UNICEF, UNIOGBIS, PAM, OMS, Banco Mundial, FMI)
- Com estes parceiros contamos não só para nos ajudarem em épocas de maior dificuldade e ajudar-nos a desenvolver o país, mas também para fazerem comercio connosco. Para podermos vender o nosso caju, peixe, fruta e talvez no futuro os produtos transformados aqui na Guiné-Bissau.
O que devemos fazer?
- melhorar as infraestruturas do país, como as estradas
- contribuir para uma boa governação uma governação transparente, eficiente e sem corrupção. Participar na vida politica colocando sempre em primeiro lugar o bem-estar dos guineenses
- investir na educação e na formação para termos trabalhadores mais eficientes e para estimular a iniciativa de cada guineense
- trabalhar e colaborar com todos os guineenses, ver todos como parceiros